Erros mais comuns que as lojas colaborativas cometem

Nem só de amor e cooperação se vive no universo colaborativo.

Publicado por Thallita Bezerra em 13/3/2021

Nem só de amor e cooperação se vive no universo colaborativo. Nesses anos todos trabalhando na economia criativa, acompanhamos algumas situações desagradáveis que poderiam ser evitadas e que trouxeram dores de cabeças para diversas lojas. Óbvio que ninguém gosta de pensar em problemas, mas diante da possibilidade deles existirem, se precaver pode poupar seu tempo e seu dinheiro.

1- não ter contrato com as marcas parceiras

Erro muito comum, diversas lojas não criam contratos para especificar o acordo, obrigação e deveres entre a loja e a marca. Daí várias situações problemáticas podem surgir: e se um produto sumir? E se a marca desaparecer por meses e abandonar os produtos na loja? E se a loja pedir que a marca se retire da loja e ela não quiser sair? E se a marca quiser que a loja esteja funcionando em horário e dia específico? E se a marca achar muito alta a porcentagem de comissão depois de levar os produtos para a loja? E se a marca quiser que a loja parcele um produto em 10x para o cliente? Já vimos todas essas situações acontecerem e elas poderiam ser evitadas com um contrato que deixasse claro os pontos:

  • horário de funcionamento
  • formas de pagamento e número de parcelas que são trabalhadas
  • prazo de vigência do contrato
  • valores de aluguel e porcentagem de comissão
  • o que acontece em casos de furtos
  • orientações de como e quando repor produtos.

2- não definir público alvo e não ter curadoria

Se você não sabe qual é o seu público alvo, como pode oferecer as melhores marcas e produtos para ele? Além de uma curadoria voltada para o público que a loja pretende atingir, conhecer o seu público vai ajudar a escolher o melhor ponto para abrir a loja, melhorar o atendimento e relacionamento com a clientela, realizar um marketing mais assertivo e eficiente.

3- desequilíbrio entre receitas e depesas da loja.

Ninguém abre uma loja querendo trocar dinheiro, mas algumas vezes isso acontece. Não calcular direito os custos de uma loja, cobrando valores de aluguel e comissão que não abrangem toda a operação, vai deixar a sua loja no vermelho ou operando na corda bamba. Existem os custos fixos como aluguel, funcionários, sistema, contabilidade que normalmente são cobertos pelos valores dos aluguéis dos nichos/prateleiras. E os custos variáveis como marketing, embalagens, taxas de cartão que normalmente são cobertos pela comissão de vendas. Por mais acolhedor que o universo colaborativo seja, é necessário pagar contas, e para ter uma loja de sucesso o financeiro é de suma importância! Muitas lojas esquecem de colocar as taxas das formas de pagamento na conta e acabam ficando no prejuízo. Quanto entra? Quanto sai? O negócio é sustentável? Tem reservas para períodos de crise?

4- negligenciar gestão de estoque

recorde de problemas quando o assunto é loja colaborativa, o estoque é responsável por várias tretas e prejuízos. É preciso ter o processo de entrada de produtos na loja bem amarrado para evitar erros que depois trarão dores de cabeça. Para você ter noção, em algumas lojas há um funcionário só para isso. Os principais erros que já vi acontecer:

  • não conferir se os produtos estão nas quantidades informadas na hora da entrada
  • esquecer de anotar venda quando é uma outra marca que realiza a compra
  • não realizar a troca corretamente, lançando no sistema/planilha a devolução do produto e venda do outro
  • tentar controlar estoque no papel e caneta
  • não conferir se a etiqueta é realmente daquele produto na hora da entrada

5- se acomodar

nenhum negócio vai ter sucesso e prosperar se quem está a frente dele se acomodar, mas a loja colaborativa tem um detalhe que deixa a situação mais difícil: você tem 2 clientes, a marca e o cliente final, e eles querem sempre novidades.

De um negócio da economia criativa, se espera criatividade. Criatividade nos produtos, na loja, nos eventos, na comunicação. Da loja se espera liderança, e é dessa liderança que as marcas tirarão inspiração e inovação para entregar sempre o melhor produto, além de chamar atenção de novas marcas, que desejarão participar do movimento e sucesso da loja.


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