O que você precisa saber para abrir uma loja colaborativa

Publicado por Thallita Bezerra em 12/7/2021

1- o modelo fiscal mais utilizado é a consignação mercantil

Essa é a dúvida mais comum de quem quer abrir uma loja colaborativa e nos procura, e aqui vai um conselho: invista em uma contabilidade que domine o assunto, isso vai evitar dor de cabeça e bitributação!

A consignação mercantil não nasceu para atender lojas colaborativas, surgiu de uma necessidade de mercados que vendiam hortifruti e não queriam comprar vegetais, frutas e folhas que estragavam com facilidade. Assim, esses alimentos estariam no estoque da loja, mas o mercado só pagaria tributos e para os fornecedores, aquilo que fosse vendido.

Para entender como funciona esse modelo, você pode consultar esse artigo.

2- pense em já começar saudável financeiramente, acrescentar aluguel ou taxa depois é mais difícil

As pessoas têm um pouco de dificuldade em lidar com mudanças, imagine mudanças que impactam o financeiro. Ao abrir uma loja, você pode imaginar que não vai ter tanto custo por esse ou aquele motivo, mas é importante sempre pensar no pior cenário e como isso influenciaria o orçamento. Assim, é mais fácil se planejar e pensar em valores de aluguéis e comissões que possibilitem crescimento e saúde financeira já no começo, do que aumentar valores ou adicionar novas taxas depois.

A média de porcentagem de comissão para as lojas é de 30% + aluguel.

3- Faça curadoria

A sua loja precisa ter uma identidade e conhecer o público que trabalha. Se você está começando, pense no público que quer atrair. O que esse público gostaria de comprar? O quanto esse público pode pagar? O ponto em que está a loja atrai quais consumidores? Depois de responder a essas questões, encontre marcas que dialoguem com o público e com o conceito da loja. Parece simples, mas é dos pontos mais difíceis, nesse momento é importante desapegar um pouco do sonho do negócio e ser realista.

4- Deixe claro o papel da marca parceira

Eu já falei isso em vários artigos, mas volto a repetir. Ao prospectar as primeiras marcas, se preocupe em deixar claro o que se espera, qual tipo de participação a marca deve ter, como ela pode contribuir com a loja, como pode vender mais, e até coisas mais práticas precisam ser esclarecidas. Muitas marcas me procuram para perguntar de quem é a responsabilidade da embalagem, qual tipo de etiqueta a loja recomenda, quais informações devem ser inseridas nas etiquetas, etc. A dica é: crie um manual esclarecendo todas as dúvidas que a marca possa ter!

5- Se prepare para altas e baixas

O comércio tem momentos de altos e baixos e é preciso se preparar para os dois. Por exemplo, fim de ano, como é sabido, é um bom momento para o comércio, assim como o mês de janeiro costuma ser um mês com poucas vendas.

Para os meses de alta, dialogue com as marcas sobre a importância de ter um bom estoque, para não perder vendas. Aproveite a temporada de alta no comércio para fazer um caixa e conseguir segurar o negócio nos meses de baixa.

Nos meses de poucas vendas, programe descontos com as marcas para movimentar a loja e não ter um caixa negativo.

Outra dica é sempre acompanhar datas comemorativas que costumam aquecer as vendas e se preparar para elas com campanhas, por exemplo.


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