Pioneira no mundo colaborativo: Colaby.Shop

11 anos de uma história de sucesso!

Publicado por Thallita Bezerra em 29/1/2021

Com a primeira loja física inaugurada em 2010, a Colaby.Shop, antes Clube Vintage, é uma referência no mundo colaborativo! Mais de 2000 marcas já passaram por lá e a lista de espera é grande. Nós conversamos com Edder Diaz, fundador e CEO da Colaby.Shop, sobre essa história de sucesso!

1- 11 anos no mercado, você é um dos pioneiros do universo colaborativo no Brasil. Como surgiu a ideia da loja?

A Colaby.Shop, antiga Clube Vintage, surgiu em 2010 no formato “multimarcas”, mas já com o propósito de ter toda sua rede de fornecedores formada por pequenos empreendedores de vestuários, acessórios e decoração. Em 2015, diante da forte crise política e econômica que o país estava sofrendo, nosso modelo de negócio foi reestruturado e mudamos para o modelo colaborativo, por ser mais estruturado e com uma garantia de retorno maior, tanto para a Colaby.Shop quanto para os expositores.

2-Como foi captar marcas no início? Porque não se falava sobre lojas colaborativas a 11 anos atrás. O que uma marca precisa ter para participar da sua loja?

No início buscamos nossos expositores principalmente em feiras e redes sociais, com o tempo e a loja sendo mais conhecida, começamos a ter lista de espera de expositores querendo ter sua marca exposta conosco. E assim segue até hoje. Atualmente temos uma curadoria para a marca entrar na Colaby.Shop, onde analisamos a estrutura da marca, sua capacidade de produção e reposição, suas atividades nas redes sociais e principalmente seu compromisso com a Colaby.Shop.

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3-Quantas lojas você tem hoje? Quando viu a necessidade de abrir outras unidades? Qual foi o seu principal acerto na expansão?

Hoje temos um grupo de lojas colaborativas, constituído pela Colaby.Shop e a Vitrine Criativa, que é nosso braço colaborativo sustentável, formado por brechós, totalizando 5 lojas. Acreditamos que o sucesso de uma loja colaborativa se deve ao ponto comercial escolhido para a loja, uma crítica análise do público deste ponto e a curadoria das marcas para atender esta demanda.

4- Ao que você credita o sucesso da loja e os 11 anos de existência?

Acreditamos que nosso sucesso de forma geral foi ter muita proximidade com os expositores e principalmente manter nossa antiga estrutura inicial de loja multimarcas, onde temos vendedores, metas e um acompanhamento diário do desempenho de cada marca.

5- Como funciona esse acompanhamento diário com as marcas?

Então, sobre o acompanhamento, os vendedores quando chegam na loja vêem as vendas do dia anterior, as marcas que estão vendendo mais, analisam qual produto está saindo. Ah está saindo mais camiseta, mais camiseta de banda, mais camiseta de frase, e aí eles vêem quem não está vendendo e tentam passar esse feedback para as marcas: olha você não está vendendo, o pessoal está procurando roupa preta, você tem roupa preta? O pessoal gostou mais daquele short que acabou. É um acompanhamento dos produtos e do que a clientela está pedindo, e ver com qual marca é possível ter esse produto.

E a gente tem também uma lista dos clientes, então a gente liga, fala que chegou produto, o produto que ele gosta. Então é basicamente esse acompanhamento principalmente das marcas que não estão vendendo. E isso serve também para ver que aquela marca não se encaixa naquela loja, né. Eu tenho marca em uma loja que não está na outra loja e por que? Porque eu tenho um produto que é para um público e que na outra loja aquela marca não vende. Então nem sempre eu tenho a mesma marca em 2 lojas, por exemplo. Tem marca que está em uma loja porque vende aquele produto lá, às vezes tem um ticket médio mais alto, como agora com a loja no shopping, por exemplo, é diferente da loja na rua, então é basicamente esse acompanhamento mesmo.

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6- Recentemente a Clube Vintage mudou o nome para Colaby.Shop, por que você tomou essa decisão?

Durante a pandemia, em meados de junho de 2020, resolvemos entrar no mercado online, levando os expositores e seus produtos para o Brasil todo, criando o primeiro marketplace colaborativo do país focado em pequenas marcas. Sendo assim, com o nome Colaby.Shop teríamos uma “entrada” mais fácil em mercados onde nossas lojas físicas ainda não são conhecidas. E com o nome Clube Vintage teríamos mais dificuldade, por ser associado com roupas usadas.

7- Quais dicas você dá para as lojas manterem uma boa relação com as marcas?

Transparência é o ponto principal, mantendo uma relação próxima entre nossa linha de frente, que são os vendedores, e os responsáveis das marcas. Com o acompanhamento que fazemos do desempenho das marcas, conseguimos uma reposição mais assertiva e com produtos realmente vendáveis, garantindo o sucesso de todos.

8-De acordo com a sua experiência, quais são os principais erros que as lojas colaborativas cometem?

O que tenho acompanhado em lojas colaborativas de sucesso que decaíram, é a falta de curadoria e a proximidade com as marcas.

9- Qual ou quais dicas você daria para quem está começando no universo colaborativo e quer montar uma loja?

Ter uma boa curadoria de marcas, de acordo com o público que pretende atingir. Manter a transparência com estas marcas, e principalmente, fazer um acompanhamento quase que diário do desempenho de cada uma, sempre com muito feedback relacionado ao produto e preço.


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